4.12.07

A Viagem ao Reino de Ïtaypwaçoo - Subtomo I - O Ataque de Ahraknos

Cada vez mais, meus caros leitores, percebo como é difícil a manutenção da ordem cronológica e a veracidade de fatos decorridos devido à deterioração das memórias deixadas por estes, mas na medida do possível, a consulta de fontes confiáveis e testemunhos dos valorosos guerreiros, nos conferem o sentimento de estar inseridos no contexto como eles um dia estiveram.

Voltemos então à nossa história fundamental:

Nossos cavaleiros se encontravam reunidos em sua sala de banquetes, no Castelo da Família Billontz, nas alturas das montanhas amaldiçoadas de Ïtaypwaçoo. Após um longo dia de caça e de competições no prêmio anual do campeonato de Most Valuable Caixoteiro 2007, todos repousavam em seus assentos, planejando a próxima aventura que executariam. A exceção era Pretz Kahrvonehm, que se exaltara e não se sentia mais em condições de se manter sobre seus pés. Repousava, assim, no quarto dos nobres.

- Ao amanhecer podemos visitar o litoral. Entraremos no mar! - Propunha Sir Remiem Billontz. O dia seguinte prometia emoções que os mais valentes não se atreveriam a encarar.

- Com certeza, mas manterei-me dentro do possível distante deste. - Ogren Von Badalhokken, guerreiro destemido e valoroso sabia de suas limitações e evitava com grande destreza ter de enfrentar sua maldição, que conseguira no estreito de Pyrathïningem, enquanto se divertia com Kai Den Guaravitzenhem. - Agora realmente necessito me recolher.

Todos reconheciam que o sono carcomia-lhes as entranhas, e entregar-se a este era uma simples questão de tempo. Portanto, todos organizaram o perímetro da sala de banquetes e migraram ao quarto dos Nobres.
À medida que se aproximava o ambiente do quarto, subia em nossos cavaleiros um frio na espinha não habitual àquele ambiente. Algo de aterrorizante os esperava. Sabiam que o perigo iminente se tornava cada vez mais próximo, mas não conseguiam racionalizar esta informação, e avançavam, como que guiados por uma força independente de suas vontades.

Ao passar pelo vão da porta, nossos heróis se viram em uma encruzilhada. Uma situação que nem o mais astuto guerreiro enfrentaria sem fraquejar em sua base. Era ela, Ahraknos. A mais temida ameaça, cantada pelos bardos e imortalizada por seus assassinatos em massa, que assolavam vilas e mobilizavam reinos por completo em sua busca. Lá esta residia, com seu olhar sanguinário, por cima de Pretz Kahrvonehm, que, inconsiente, era feito refém.

Ogren Von Badalhokken sabia da grande quantidade de heróis valorosos que haviam sucumbido à falta de misericórdia de Ahraknos, e isso causava ainda mais ódio em seu coração. Como gostaria de lacerar as vísceras destas com sua espada e, assim, gravar seu nome eternamente nos cantos trovadorescos das redondezas. Mas não podia. Estava acima de sua capacidade enfrentar tal ameaça sem se importar com sua fraqueza natural. Badalhokken temia até o mais inofensivo aracnídeo, e este caso era ainda mais amedrontador. Dirigiu-se para fora do recinto, com respiração ofegante e suor correndo-lhe o pescoço. Nossos guerreiros eram menos numerosos agora, e um combate com armas de curto alcançe poderia ter saldo bastante negativo para eles.

É neste momento, caros leitores. Neste momento surge das trevas do quarto ele, futuro herdeiro do Rei Billontz. Ele, que não temia nenhuma ameaça ao redor de suas terras e que daria a cara a tapas se o assunto fosse defender seus nobres companheiros.

Posicionou-se em um local favorável. Portava em suas mãos uma Neutralizer 150, arma antiga, conhecida por poucos e utilizada pela quinta geração da família Billontz, na guerra de Polakz contra a revolta dos Chimpanzés Frenéticos de Ïtaypwaçoo. Era de difícil preparação, e o único tiro que restava em sua agulha não poderia ser desperdiçado, pois poderia assustar Ahraknos e pôr em risco Pretz Kahrvonehm e todos os seus companheiros.

O suor corria-lhe a testa. Neste momento, os poucos que ainda restavam no quarto pouco se preocupavam em proteger-se do projétil, que poderia ricochetear e voltar. Estavam apreensivos e não tiravam os olhos de Sir Remiem Billontz.

Sua respiração cessou. O dedo acariciava o gatilho como as curvas de uma atraente e poderosa senhorita, que ao mesmo tempo o chamava e amedrontava.

Apertou o gatilho. O barulho ensurdecedor do projétil deixando seu local de origem cerrou os olhos de nossos cavaleiros. Por um momento, todos se sentiram receiosos em abrir estes e lidar com a realidade, e mais uma vez, o árduo trabalho foi transferido ao nosso príncipe Billontz, que com satisfação suspirou e instantaneamente causou felicidade geral e alívio. Todos abriam seus olhos e retornavam ao local da vitória. Os fragmentos das tripas e membros de Ahraknos se espalharam por todo perímetro, que há muito se infectara com seu odor demoníaco. Pretz Kahrvonehm neste momento se levantava, e como uma inocente criança em uma conversa de adultos, pergunta significativamente perdido:

- O que aconteceu? Por que me olham assim? Já partimos ao litoral? Quem foi fétido indivíduo que infectou o recinto com suas flatulências?

- Não, Pretz... Bem longe disso. Volte a dormir. Tivemos uma noite cheia, muito cheia... Beba uma água, vá buscar Ogren lá fora... ele te contará tudo detalhadamente. - Sir Remiem Billontz estava exausto. Toda aquela adrenalina o desgastara e consumira até sua última remanescência de energia. Precisava descansar. No dia seguinte, comemoraria com seus companheiros a vitória e espalhariam seus feitos por todos os 3 condados.

Mas nem tudo continuou de modo harmonioso...

3.12.07

Tomo Paralelo - A Visita ao Reino de Ïtaypwaçoo

Peço a compreensão dos poucos, porém assíduos e fiéis leitores deste blog, mas devido à dificuldade de recolhimento de material referente ao Massacre do Paiol e às escrituras perdidas em terras distantes bem além dos Vales de Pendojungle, nossa rotina (rotina... HAHAHA! conta outra!) de postagens vai se desviar significativamente, abordando agora a viagem de parte do Condado A em busca de novas aventuras que os bardos (e blogs meia-boca) contariam por toda a eternidade.

Nossa história vai-se adiantar de modo que possamos usufruir somente do mais nobre néctar desta. Nos localizamos, deste modo, nas proximidades de Ïtaypwaçoo, após a árdua passagem de nossos personagens pelo Reino de Nich Theroy. Ogren Von Badalhokken, Sir Remiem Billontz
Der Schneiderzen, Pretz Kahrvonehm, Julienem Bahrathinzhem, e Johnes Cäxhot Marcehl sentiam em suas entranhas a pureza das proximidades do mar e a aproximação iminente de aventuras ao redor de tão hostis e vastas terras.

Continua...